segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Atentado na França - Desastre em Minas Gerais - O que está Acontecendo?


Atentado? Desastre? Não, com certeza não são fatos isolados e não aconteceram por acaso. Atentados são planejados e desastre não se aplica nesse caso de Minas Gerais.
Porque? Porque um desastre não é planejado como um atentado e no caso do rompimento da barragem de resíduos de mineração no município de Mariana, e o mal nomeado desastre não foi por causas naturais mas sim por planejamento ou a falta dele.
Explico: Uma barragem de resíduos ou rejeitos de mineração é construída com os próprios rejeitos e deve ter um rígido acompanhamento técnico para evitar infiltrações e rachaduras. Esse acompanhamento não ocorreu de forma adequada, pois já no ano de 2013 um relatório do Instituto Pristino de Belo Horizonte detalhava a perigosa proximidade entre a Barragem do Fundão e a Mina da Fábrica Nova da empresa Vale do Rio Doce depositava rochas retiradas de escavação num local chamado pilha estéril União, que interagiam ocupando locais compartilhados com diferentes funções.

O então promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto baseado neste laudo, recomendava a análise, monitoramento, apresentação de plano de contingência e mudanças na sistemática de trabalho das obras correlatas a barragem do Fundão e o local de depósito de rejeitos da Vale chamada União. Passados dois anos da elaboração dos pareceres técnicos e jurídicos referentes ao problema detectado, nada aconteceu, culminando que na tarde do dia 5 de novembro de 2015, por volta das 15h30min a Barragem do Fundão, a maior das três existentes no local, rompeu-se.
Antes e Depois do rompimento da barragem no sub-distrito de Bento Rodrigues
Porque o rompimento da barragem é um atentado? Pelo simples fato de que seguiu uma sequências de ações, intencionais ou não, que culminaram com o evento. Um atentado terrorista como em Paris, ou melhor uma série como no caso foram seis (seis) eventos também foram resultados de sequência de planejamento e ações calculadas que determinaram até agora o óbito de 129 pessoas e mais de 350 feridos.
Em Minas Gerais no distrito de Mariana, até a presente data, sete (7) corpos foram identificados e três (3) ainda aguardam identificação, e mais 18 pessoas estão desaparecidas.

A mídia sensacionalista através de notas recheadas de irresponsabilidade imputam culpa a empresa Samarco Mineradora, esquecendo-se de que esta empresa cumpriu o licenciamento ambiental do SISEMA( Sistema Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Minas Gerais), tendo sua licença renovada no último mês de outubro de 2013 com validade até 29 de outubro de 2019. O que estava errado então para um evento de tal magnitude acontecer? Sabe-se com certeza de que as devidas normas de segurança, não estavam sendo cumpridas, fato corroborado pelo rompimento da barragem. As investigações conclusivas levarão meses, mas os efeitos devastadores sobre o meio ambiente serão eternos. Não nos esqueçamos de que a Defesa Civil tem também sua parcela de culpa quando do não monitoramento e não providenciar planos de prevenção e evacuação e na gestão dos riscos e desastres ambientais.

Atentados na França e no Brasil já não são mais novidade, bem como no resto do mundo. Na França comovemo-nos com vítimas inocentes de ações terroristas praticadas por fanáticos que usam a religião com desculpa motivadora para assassinar seres humanos inocentes. No Brasil comovemo-nos com mortes e perdas irreparáveis praticadas por terroristas comerciais que em nome da ganância e e da busca desenfreada do poder financeiro destroem o meio ambiente e vidas humanas. Qual a diferença? O que está acontecendo? O pagamento de vultuosas quantias de dinheiro serão adequadas para recompor as vítimas do terrorismo no Brasil ou na França?
Só para lembrar, dinheiro algum recompõe a natureza na sua forma original, e do mesmo modo nunca trará vidas humanas perdidas de volta.

Extremismos religiosos, financeiros, territorialistas, ideológicos, ou qualquer outro sempre acabarão por danificar a frágil estrutura que sustenta nossa humanidade! Que humanidade???

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Fim de Ano, Novas Despesas - Como Proceder?


Em poucos dias o ano de 2015 estará acabando. Logo chegaremos a época mais esperada do ano onde as férias e o merecido lazer terão merecido destaque nessa época.
Natal, festa da virada, viagens, praia, reuniões com amigos e família, época de confraternização. Muito bom e necessário, mas você já se planejou?
Não se esqueça que tudo isso depende de gastos financeiros, e que somados às novas despesas ressurgindo a cada novo ano precisamos mais do que nunca repensar e replanejar nossas prioridades.

Afinal o que é prioridade para você? Ter um belo carrão para viajar nas férias? Renovar seu plano de saúde para ficar garantido no quesito da saúde? Matricular seu filho naquela escola particular que acaba de reajustar suas mensalidade acima dos índices de inflação? Fazer um pacote de viagem para seja lá onde for, financiando em 10, 12 ou 24 vezes no cartão? Reunir toda a família e fazem um banquete de fim de anos regado a champagne e ingredientes caros para "não passar em branco"?


Todos temos nossas prioridades pessoais mas não podemos nos esquecer de que planejar gastos em época de recessão econômica é imperativo.
Deixar em segundo plano prioridades como as contas necessárias como energia, água, IPTU, IPVA não é sinônimo de bom planejamento.Saber distinguir e priorizar o que é verdadeiramente prioritário é questão de sobrevivência financeira. O Brasil está passando por época turbulenta, que segundo as previsões mais otimistas perdurará até o fim do ano de 2016. Você já se perguntou de como vai fazer para administrar sua vida pelos próximos 14 meses?

Vejo com tristeza um verão e final de ano com pouco a comemorar. As famosas temporadas na praia estão cada vez mais curtas e econômicas. Os salários corroídos mal são suficientes para honrar os compromissos já assumidos, haja visto que o Brasil apresenta atualmente uma taxa de inadimplência em torno de 25%. A indústria e o comércio fecharam mais de 1,2 milhões de postos de trabalho segundo pesquisa do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). As tarifas públicas foram reajustadas acima dos índices oficiais de inflação que está na casa dos 10%anuais. Os combustíveis tiveram aumentos expressivos e com eles os alimentos e demais produtos também encareceram acima do poder de compra dos brasileiros.
A retração na economia se vê todos os dias nas lojas e supermercados, até nas ruas onde a quantidade de veículos circulando já foi constatada como 12% menor do que a 12 meses atrás.


Economizar!!!  Planejar!!! Não gastar!!! Fuja das lojas, mercados e serviços que aumentam preços principalmente nessa época, visando explorar de forma criminosa turistas e moradores desavisados!  Preparar-se para um futuro com baixas perspectivas econômicas e sociais é um caminho saudável e recomendado.
Não é vergonha servir um frango no lugar do tradicional perú na ceia de Natal. Muito menos deixar de comprar todas aquelas bugigangas que damos de presente no Natal para nossos amigos e familiares. Afinal Natal é para gastar ou para reunir amigos e família?
Melhor deixar aquela desejada viagem para o exterior cotada em dólares para mais tarde e aproveitar algum local perto com custos menores.

Não queira ficar ostentando para teus amigos, luxos e gastos com os quais você não consegue mais suportar. Todos estamos passando por mudanças e arrochos no planejamento econômico, e quem fizer um adequado planejamento mais rapidamente sofrerá menos impactos negativos no futuro.
Repense e reprograme teus sonhos e desejos materiais. Reduza teus gastos. elimine supérfluos, a palavra de ordem é austeridade!
Faça tudo que o nosso governo NÃO faz! Planeje com sabedoria o teu presente e seja presenteado com um futuro mais tranquilo e feliz.
Férias e final de ano são épocas de alegria e descontração. Não deixe que um gasto mal pensado estrague a sua alegria no próximo ano.Pense em você no futuro. Pense em ser feliz agora!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Você É Honesto?

Você é Honesto?




Quanto??  Sempre ? Um pouco? Quando te parece importante?
Desculpe, meu amigo, isso não é honestidade, é oportunidade!! Temos o péssimo hábito de cobrar honestidade, menos corrupção, boas atitudes, que muitas vezes nós mesmos não fazemos.
Não existe pessoa meio honesta da mesma forma que não existe mulher "meio" grávida! Ou se é honesto ou não é e pronto! Se você é honesto apenas quando isso interessa a você, isso não é honestidade, isso é corrupção!!

No nosso dia a dia nos deparamos com situações corriqueiras que põe à prova a nossa honestidade em pequenas coisas. Furar uma fila, fazendo de conta que ninguém está vendo; pegar "emprestada" uma caneta que está num balcão; falar uma pequena mentira ali e acolá, achando que não tem gravidade; estacionar o carro em lugar não permitido; não devolver o troco errado para o comerciante que errou a conta; levar vantagem porque você é um cara popular e tem uma posição social ou amigos a vontade; etc, etc...
Tornou-se um hábito de cometer pequenos delitos desonestos sem que se perceba ou mesmo não se importando com as consequências. Culturalmente e socialmente se aceita e muitas vezes é até recomendado mentir ou omitir algo para não magoar as pessoas.
Você já parou para pensar no absurdo dessa constatação: Mentir para não magoar?!  Depois não adianta ficar querendo que nossos governantes, políticos, policiais, professores, médicos, ou seja lá quem for seja obrigado a ter atitudes honestas, se nós mesmos não as temos. A honestidade vem do respeito ao seu semelhante e de não tentar prejudicar ninguém em benefício próprio!

Nossos representantes maiores, os políticos, são apenas um retrato de toda uma sociedade que aceita e até procura ser desonesta somente para levar alguma vantagem pessoal.
Se você achasse um envelope no chão e esse envelope contivesse um maço de dinheiro junto com um nome ou identificação você devolveria o valor?? Se você hesitou em responder, sua honestidade não é verdadeira!
Sinto, meu amigo, você faz parte da grande maioria da nossa população onde o Brasil fica em 69° lugar em índice de honestidade segundo a ONG Transparência Internacional ( http://www.blogpenadigital.com/2013/01/no-ranking-da-honestidade.html )
 A nossa desonestidade só aumenta a cada dia com crimes, falcatruas, conchavos e maracutaias, coisa que vemos e ouvimos todos os dias. Com o passar do tempo pequenos desvios desonestos nem são mais considerados desonestidades e se acham mil e uma desculpas para deixar a honestidade em segundo plano.

Não adianta culpar as outras pessoas se nós mesmos aceitamos calados pequenas vantagens não merecidas. A culpa é nossa que nossas cidades e país têm tanta criminalidade e impunidade. Nós mesmos permitimos este aumento vil,  quando não coibimos e punimos com rigor qualquer ato errado e espúrio. O melhor ainda é nós mesmos sermos honestos, nos policiando e procurando sempre acertar e fazer o que é correto. Não dá para acertar sempre, mas quando notamos uma atitude nossa errada, o certo é SEMPRE voltar atrás e refazer de forma certa. Não existe outro caminho. Fazer o certo ou fazer o certo, esse é o caminho!
Não sou perfeito e nem você, amigo leitor, mas já é um bom começo tentar mudar nossas atitudes ensinando e principalmente fazendo somente o que é certo e honesto. Pode até parecer difícil no começo, mas as mudanças somente acontecem dentro de nós. Não adianta querer mudar meus filhos, vizinhos, esposa, marido, se eu mesmo não quero mudar para melhor.
 Ser honesto deixa você mais tranquilo, mais alegre, mais amigo, e com certeza seu sono, à noite, será muito melhor. Sua felicidade depende de sua honestidade, pois não adianta você ter muitas coisas se você sabe que elas não foram adquiridas com honestidade! Ou você acha que um ladrão dirige um carro tranquilamente sabendo que ele é roubado e pode ser reconhecido a qualquer momento. Ou então, se um assaltante começa a gastar um monte de dinheiro comprando coisas, e todos sabem que ele não trabalha e nem fonte de renda tem, mas fica aparecendo com muitas coisas novas.
A honestidade tem tudo a ver com transparência! Quem é honesto não tem medo de se expor ou de fazer as coisas que lhe dão prazer. O honesto é feliz e sua felicidade todos veem. Parabéns para você que é honesto e feliz,  é de pessoas assim que todos precisam como amigos e vizinhos. Seja honesto sempre, pode ter a certeza de que a sua vida vai ser sempre melhor e mais feliz!!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Quem Nos Representa? Os Políticos?

Quem nos representa?


Manifestações populares, passeatas, conflitos e confrontos diretos estão se tornando comuns nas nossas ruas e cidades. Após muito tempo de calmaria, as pessoas que vivem principalmente nas cidades ou localidades com maior concentração urbana estão novamente a despertar para as questões sociais que afetam a todos indiscriminadamente.
Nessas ocasiões, reclama-se de quase tudo: tarifas de transporte urbano, serviços de coleta de lixo, aumento do preço dos combustíveis, reajuste do IPTU,  saúde pública precária, criminalidade que só aumenta, e principalmente de inúmeras denúncias de corrupção, desvios de verbas públicas e peculato.
A crescente inércia do estado em resolver as mais básicas necessidades públicas está refletida nas manifestações que se espalham pelo Brasil e pelo mundo. Não vamos ter a pretensão de que a incompetência gerencial do estado é prerrogativa brasileira.

O mundo todo sofre com a grave questão da falta de representatividade e no Brasil essa questão é ainda pior.
Temos Presidente e todos os Ministérios e Secretarias Federais, Senado Federal, Câmara dos Deputados, Governos Estaduais com Secretarias, Deputados Estaduais, Prefeituras, Secretarias Municipais e ainda os Vereadores. Para que serve tudo isso? Deveria ser para representar e defender os interesses comuns de todos os cidadãos, mas na prática não é isso que acontece. Vemos a leniência e preguiça de quase a totalidade de autoridades empossadas, juntamente com o Poder Judiciário, assistindo ao caos se estabelecendo e nenhuma ação concreta sendo tomada.

Afinal quem nos representa?  Presidente? Senadores, Deputados, Vereadores?  Digo tranquilamente que eles pouco ou nada tem feito pelo povo que os elegeu!  A sequência de nomes conhecidos que se repetem no cenário político brasileiro é cansativa. Reeleições a perder de vista, culminando com absurdos de deputados há mais de 30 anos legislando sem efetividade ou então de ex-presidentes voltando a cargos legislativos! Você já viu algum ex-presidente norte-americano voltar a se deputado? Você já viu algum primeiro ministro inglês voltar para a Câmara dos Comuns?  Não, isso só acontece no Brasil, onde quem não tem capacidade de administrar a máquina pública se perpetua em cargos eletivos motivados pela ignorância e cumplicidade de cidadãos eleitores desmotivados ou corrompidos. Sim, a maior culpa desses absurdos acontece pela incapacidade de escolha que temos dos nossos representantes.

Votar em fichas sujas conhecidos e notórios, legisladores que já tiveram a chance de mudar e nada fizeram, reeleger incompetentes e corruptos é responsabilidade nossa.  A maior expressão política que existe na nossa democracia é o vereador. Isso ocorre porque a vida acontece de verdade nas cidades. Não é nas Assembleias Legislativas Estaduais nas capitais ou então no Congresso Nacional no planalto central. É nas cidades que aparecem as demandas mais importantes para o povo. Cada cidade tem suas necessidades específicas  e para isso precisa de ações e leis locais eficientes. Nossos vereadores têm por obrigação representar as vontades comuns das cidades, mas infelizmente, na grande maioria, legislam juntamente com prefeitos com a finalidade de estarem encostados no poder e dele se alimentando. O verdadeiro poder emana do povo que elege seus representantes. Então quem de verdade nos representa?

Tem se visto um distanciamento cada vez maior entre o povo e os eleitos. Poucas vezes algum eleito fala a mesma linguagem de quem o elegeu. Precisamos politizar nossa população para diminuir esse abismo de ideias entre que governa e quem elege. Participar de todas as formas, seja comparecendo a sessões legislativas, participando de audiências públicas, cobrando ações em manifestações, redes sociais, enfim toda a forma de cobrança é válida para que quem deveria nos representar veja que algo está defasado na sua representatividade. Cidadãos conscientes, legisladores e governantes corretos em sintonia com as demandas da sociedade é tudo que queremos, é a chave do sucesso.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O Que Acontece Com a Humanidade?

   
Nada mais chocante do que perceber na imagem acima a inocência perdida e uma vida que se vai inutilmente.
Passam dias, meses, anos e as cenas repetem-se. Uma vez na Itália, outra vez na França e outra ainda na Alemanha ou Áustria.

     Esquecemos que essas mesmas tristes cenas repetem-se ao longo de décadas e até séculos quando da ocorrência de guerras civis, mundiais ou apenas conflitos ditatoriais, étnicos ou culturais aconteceram em muitos países no mundo. A bola da vez são países do norte da África como Sudão, Chade, Líbia ou Somália. Não esquecendo a Síria no Oriente médio entre outros.

     A humanidade se perde entre conflitos tribais, ideologias e disputas territoriais e de poder. O ser humano nesse jogo de interesses nada mais é do que moeda de troca ou barganha, de forma a pressionar entidades de direitos humanos e outros países a aceitarem suas imposições ideológicas. O povo quer apenas viver! O povo não está preocupado com quem manda ou acha que manda. O povo quer apenas paz!
     Essa paz tão distante das mentes doentias que acreditam que através da força e do subjugamento de seres humanos se consegue a aprovação de vontades políticas ou religiosas.

     O fenômeno da imigração não é recente. A própria humanidade se espalhou pelo mundo após o surgimento dos primeiros homídios no Continente Africano. Agora a repetição ocorre por motivos muito menos nobres do que a simples evolução. A imigração agora acontece por simples sobrevivência.
     Quantos de nós nem teríamos nascido se não houvesse a imigração e consequente aceitação de algum país para nossos pais. O Brasil é por excelência um país de imigrantes, sejam eles italianos, japoneses, alemães, árabes ou africanos. Agora com um arroubo de patriotismo muitos países recusam-se a receber imigrantes apenas pela cor de pele diferente ou religião. Aceitar o ser humano como ele é pode ser considerado uma prova de sapiência, afinal somos todos seres de uma só espécie, a espécie humana!

     Muito difícil uma sociedade moderna e dinâmica estender a mão a refugiados ou imigrantes ilegais. Afinal quem é que quer perder seu conforto material? E como fica a solidariedade? Você já se colocou no lugar de algum desses refugiados "invasores"? Como você sentiria se a tua família fosse morta e tudo pelo qual sempre lutou te fosse tomado de uma hora para outra? Você já pelo menos conversou com algum imigrante de outro país para tentar entendê-lo?

     Faça sua parte. Solidariedade é uma mão de duas vias. Trate bem a todos indistintamente. Pode ser que um dia  o imigrante ilegal ou refugiado seja você. Lembre-se que teus ancestrais também foram imigrantes. Estenda a mão!

CINCO BRECHAS PARA A CORRUPÇÃO NAS PREFEITURAS



·    
   *  FISCALIZAÇÃO PRECÁRIA
Contas e contratos das prefeituras não tem praticamente nenhum controle externo.
Fora São Paulo e Rio de Janeiro, os únicos municípios que contam com tribunal de contas próprio, todos os demais municípios são fiscalizados por Tribunais Estaduais, na proporção de 27 tribunais para 5.568 prefeituras.

·        * DESVIOS PEQUENOS
Como a maior parte das prefeituras tem orçamento baixo, o volume de dinheiro desviado também é reduzido. São vazamentos gota a gota que são menos perceptíveis
do que os grandes desfalques.

·     *    SERVIDORES DESPREPARADOS
Os desvios mais comuns em prefeituras são por meio de fraudes em licitações. Funcionários mais bem preparados poderiam ajudar a evitar elaborando concorrências mais transparentes e tecnicamente perfeitas. Boa parte dos funcionários atualmente desconhecem os procedimentos básicos necessários para posteriormente prestarem contas à sociedade e aos Tribunais de Contas.

·      *   DINHEIRO MENOS VIGIADO
Em média dois terços das receitas dos pequenos municípios vem dos estado e  da União, o que significa que o dinheiro proveniente dos impostos municipais tem pouco peso no orçamento das prefeituras. Quando os recursos são externos de fonte não conhecida pelo público e não dos impostos locais, a vigilâncias obre a sua fonte e destinação diminui muito.

·       *  COMPADRIO
Sete em cada dez cidades brasileiras não tem 20.000 habitantes. Com isso a proximidade e amizade entre funcionários públicos corruptos e autoridades que deveriam fiscaliza-los, como vereadores juízes e promotores podem afrouxar a fiscalização fazendo vistas grossas aos desvios.

                                                         Compilado e adaptado-Revista Veja-set/2015


Tudo isso acontece na grande maioria das cidades do Brasil. Até quando vamos continuar complacentes e coniventes??

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Jeitinho Brasileiro


             Já não é de hoje que se fala tanto na capacidade do povo brasileiro de se adaptar às adversidades e superar dificuldades que aparecem diariamente para muitos. Também muito é falado sobre a alegria e espontaneidade que o brasileiro apresenta, tanto em terras pátrias quanto em visitas a outros países.
 Muito se fala sobre o Brasil ser "abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza"!  Será??

              Resumindo; quem ouve tudo isso acredita piamente que nosso país o Brasil é realmente um paraíso na terra onde todos gostariam de viver, pois como diz a música: " em fevereiro, tem carnaval, tenho um fusca e um violão, meu time é Flamengo e tenho uma nega chamada Tereza, mas que beleza..."
               Somado a tudo isso é colocado a todos a capacidade dos brasileiros em resolver seus problemas através do famoso "jeitinho brasileiro"! Mas afinal o que é o "jeitinho"? Segundo definição contida em léxico brasileiro, é o diminuitivo de jeito, ou seja; "capacidade de ter seus defeitos ou falhas, corrigidas, emendas, arranjos, ...", tudo isso na sua forma pequena pois está seguida do sufixo "inho" ! Lamentavelmente se interpretarmos com correção o que está posto veremos que jeito ou jeitinho, não é a solução definitiva, é apenas paliativa, de forma a empurrar a raiz do problema mais a frente deixando de dar a devida importância à questão.

                Secularmente o Brasil vive na base do "jeitinho". Desde o seu descobrimento, nosso país foi sendo arranjado de forma tosca e na base do improviso quando os primeiros a colonizarem nossa terra eram em sua grande maioria degredados ou desterrados dos seus países de origem. Sintetizando isso podemos afirmar que salvo exceções, os primeiros que por aqui chegaram e tinham a função de construir um novo país, não eram pessoas adequadas pois tinham sido expulsas dos seus países originais por não satisfazerem ou não conseguirem  realizar as suas obrigações como cidadãos. Assim se formou o povo brasileiro, conhecido por sua malemolência e felicidade tão propalados aos quatro ventos.

                 Isso tudo tem um preço! O preço de se fazer remendos e jeitinhos é bem mais alto do que fazer tudo novo e bem feito. Que realiza consertos e emendas o tempo todo não pode querer um desempenho igual ao novo. Pagamos um preço alto para fingir que o brasileiro é querido em todos lugares, usando a música como o samba (que não é nossa) e o esporte mais famoso no país, o futebol (que também não é nosso) como cartões de visita para a nossa alegria. Em tempo, o samba tem origens africanas e o futebol é um esporte bretão da conhecida Inglaterra. 

                  O "jeitinho brasileiro" se incorpora no nosso dia a dia em atividades corriqueiras como não respeitar as leis e nem o respeitar o próximo. Basta ver que a grande maioria dos brasileiros acha as leis injustas e não as cumpre por não concordar com elas ou por simples desconhecimento. Muitas dessas leis são mesmo ultrapassadas ou conflitantes, mas isso é consequência do famoso jeitinho, quando ao invés de elaborarmos um código de leis único e verdadeiramente brasileiro, apenas copiamos e recortamos leis de outros países como Portugal, Itália, Inglaterra e Grécia, produzindo uma colcha de retalhos difícil de interpretar! Claro que isso daria mais trabalho, mas podemos dar um jeitinho, né?!?!

                  Não basta dar um jeitinho!! O Brasil chega aos dias de hoje de forma capenga pois nunca resolveu definitivamente suas demandas e problemas. Ações paliativas e emergenciais servem apenas por pouco tempo, logo o problema inicial se reapresenta, e muitas vezes de forma ainda mais contundente. Basta de jeitinhos!!! Precisamos de soluções!!  O tempo não para e o mundo também não, seja encarando problemas econômicos, sociais, administrativos ou estruturais. O Brasil nada evoluiu nos seus pouco mais de 500 anos de história, e ainda repetimos o modelo econômico e social existente desde o início da exploração em nosso solo. Continuamos a ser um país fornecedor de matérias primas (commodities) como carne, minério de ferro, açúcar, soja, etc na sua forma bruta e esquecemos de valorizar nossos produtos com manufatura adequada de forma a produzir tecnologia e riqueza para nossa gente.

                     Estamos perdendo o bonde da história ha séculos enquanto países muito menores e com menos recursos naturais como o Japão, a Coreia do Sul, a Alemanha entre tantos outros são campeões na produção de produtos que utilizam nossas matérias primas. Nesses países não existe jeitinho! Pelas adversidades que passaram, precisaram manterem-se focados na qualidade e produtividade de forma a garantir sua sobrevivência. O fato é que o nosso tão enaltecido jeitinho acaba por nos tragar num oceano da incompetência, incapacidade e corrupção. Basta de jeitinhos!! Basta de remendos!! Basta de faz de conta!! Queremos um Brasil melhor para todos de forma correta e alegria e espontaneidade verdadeiras!!


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Seguir a Vida para Seguir Feliz


Todo ser humano tem momento de decisão na sua vida. Para isso basta parar e analisar a situação com calma para poder decidir corretamente.
Afinal qual a grande essência de vivermos nesse mundo e qual a nossa verdadeira missão?

Talvez passemos a vida inteira  tentando descobrir e nunca cheguemos a uma conclusão definitiva. De qualquer modo sempre é bom refletir sobre o tema para não termos arrependimentos definitivos no futuro.

Tomei uma decisão radical. Não a mais radical que já havia tomado pois essa já fiz a muito tempo! Falo de uma decisão onde colocamos o que de fato vale apena lutar por e o que é melhor deixar de lado. Decidi deixar de lado a vida pública que tanto me atraia anteriormente com o objetivo de poder ajudar com conhecimentos e experiência um sonhador projeto de políticas públicas na minha cidade de Barra Velha-SC.
Todos temos sonhos e um dos meus era ver a minha pequena cidade com pouco menos de 30.000 habitantes sendo um exemplo de prosperidade e bom trato com as necessidades do seu povo. Doce ilusão!! Descobri a duras penas que este mesmo povo que tanto sofre com injustiças e falta de cuidado gosta mesmo é de sofrer. Tudo faz para deixar as coisas como estão preferindo o conforto da mesmice à correção dos atos. Nem sempre é só apatia, as vezes é premeditação mesmo.

Passo a lamentar cada vez menos pois descobri tardiamente que que o ser humano é assim mesmo; apático e acomodado e principalmente indiferente.
Defeito? Virtude? Tanto faz afinal não há um que não possa se tornar noutro.


Uma das motivações que tive desde o início de importante decisão de tentar mudar o mundo foi acreditar que a humanidade quer mudar.  Balela, está provado historicamente que perpetuar o que está posto dá menos trabalho. Nem ao menos querem mudar a si mesmos. Porque abraçariam uma mudança generalizada.
Dessa forma dois caminhos existem para serem trilhados. O primeiro é o caminho da manada onde todos continuam no mesmo rumo, esteja ele certo ou errado. O segundo é o da mudança interior de cada individuo onde ele acredita e segue realmente as mudanças que precisam ser feitas. Esse sim é um caminho bom, infelizmente dá bastante trabalho percorrê-lo. Após escolhido o caminho é necessário saber se a mudança interior motivará a mudança de direção de uma manada!

Já dizia José Saramago numa citação que considero lema: " O convencimento é uma forma de doutrinação e dessa forma é tão prejudicial quanto nenhuma doutrinação"! As mudanças devem por forma maior prevalecer dentro dos indivíduos. Se ela não for espontânea terá a mesma eficácia de uma chuva em alto mar.
Desta forma o caminho da felicidade passa pela própria felicidade onde não existirão convencimentos e nem cobranças.
Ser feliz não depende de fatores externos mas sim de paz de espírito e sensação de ter feito a coisa certa. Simples assim. Dessa forma vejo que sigo firme no meu caminho feliz onde tudo pelo que sempre lutei está certo apesar de não ser seguido nos meus passos. Felicidade é um sentimento egoísta onde cada um se regozija com o que lhe é importante. Dessa forma sigo feliz!

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Como Deixar de Ser um País Colonial

Desde criança ouço a eterna afirmação de que o Brasil é um país em desenvolvimento! Antes disso, conversando com pessoas mais velhas e experientes, eles também repetiam esse mantra de que o nosso país é um país que está crescendo e no rumo do futuro. Com isso já se passaram mais de 100 anos e continuamos em crescimento?
Com poucos anos a mais do que o Brasil, os Estados Unidos já chegou lá a muito tempo, nem vamos falar sobre o Canadá e a Austrália, entre outros, que com a mesma idade cronológica alcançaram status de desenvolvidos a muito tempo sendo invejados pelos brasileiros.

Então o que é que nos difere tanto desses comparativos e nos impede de alcançarmos essa patamar que parece inatingível para o Brasil?
Chamou-me a atenção um recente artigo na revista Veja onde numa entrevista a atual Ministra da Agricultura  Kátia Abreu, declara em alto e bom tom que a solução do Brasil é pelo campo! Segundo ela a agricultura etá habituada a socorrer o país nas crises. Crises? Que crises? Nota-se o despreparo e clientelismo nas colocações infelizes da Ministra. O Brasil nunca teve problema de falta de alimentação, sendo um dos maiores produtores de alimentos no mundo! O Brasil não tem superpopulação, não tem grandes desastres naturais, não tem desnutrição nem epidemias que dizimem populações como outros países. E não tem grandes problemas além dos que são gerados por quem deveria administrar e solucionar positivamente a gestão do que se apresenta.

A grande falha do Brasil é ainda pensar como uma colônia. Continuamos a exercer um modelo econômico ultrapassado e centralizador focado apenas no agronegócio, exatamente como a séculos atrás. Basta ver que o Brasil tem como suas maiores receitas a exportação de grãos(soja, café, milho) fumo, açúcar, carne, madeira serrada, frango, entre outros. Dos dez principais produtos exportados, sete são provenientes do agronegócio, respondendo a 10% de todos produtos agrícolas consumidos no mundo! Hoje a exportação de produtos provenientes do agronegócio correspondem a 20% do PIB-Produto Interno Bruto do país.
O Brasil está apenas atrás dos Estados Unidos em exportação de produtos agrícolas.( http://www.agroinvestbrasil.com.br/agronegocio-brasil )

Aí fica a grande diferença; enquanto os Estados Unidos está em 14° lugar na renda per capita o Brasil está no fim da lista com a 54ª posição. Nem estamos falando do Canadá, 9° colocado e da Austrália em 6ª colocação da distribuição de renda. Fica emblemática com essa diferença de que algo está sendo feito de errado na condução da economia e administração do Brasil quando vemos países com idades semelhantes estarem tão a nossa frente no desenvolvimento em geral. Então a grande dúvida é: O que está sendo feito de errado?
A resposta é simples e direta; Continuamos a ser um país colonial que não se desenvolveu pois tem uma política errada de desenvolvimento. Continuamos a nos comportar como a 5 0u 6 séculos atrás quando outros países vinham aqui para buscar açúcar, madeira, café, etc, etc.  Nós continuamos a investir na produção e exportação de produtos "in natura" esquecendo que o valor agregado a esses produtos iria ser multiplicado se antes de serem exportados fossem devidamente processados e transformados, agregando valor comercial e proporcionando a industrialização de primeira linha dessa produção. Como exemplo basta ver que países como a Bélgica, França e Suíça atualmente são os maiores produtores de chocolates no mundo, no entanto não possuem nem um único pé de cacau em seu território. Outro exemplo, países como a Alemanha e o próprio Estados Unidos são os maiores fabricantes de veículos, mas a matéria prima como o ferro-aço, borracha,  para essa produção não é deles.
Mapa dos países desenvolvidos
O que mais chama a atenção da disparidade entre os países é que alguns deles, pequenos e sem grandes recursos naturais como o Brasil estão anos luz a nossa frente. A Noruega, o Japão e a própria Suiça encabeçam essa lista com renda per capita ao redor de US$ 100.000,00 enquanto o Brasil patina com rendimentos anuais na casa de US$ 12.000, praticamente 10 vezes menos!
Dessa forma chega-se a conclusão de que estamos no caminho errado. Investir para alimentar o mundo é uma boa opção para o mundo, mas não para o Brasil. Isso interessa a grandes fazendeiros, pecuaristas e donos de terras. Continuamos dessa forma a ser um latifúndio. Enquanto exaurimos nossos recursos naturais para termos o status de "celeiro do mundo" outros países vão muito melhor, obrigado! Já passou da hora de o Brasil se firmar como transformador e não apenas uma grande fazenda com serventia de enriquecer outros mais espertos e ladinos..
O agronegócio pode sim ser uma das maiores fontes de riqueza do nosso país, mas contanto que não seja a atividade fim. Se ela tiver sua importância recolocada como atividade meio, a produtividade poderá aumentar e alavancar a transformação da qual o país tanto precisa para ser verdadeiramente desenvolvido.Não precisamos mais expandir nossas fronteiras agrícolas que tanto mal fazem ao meio ambiente. Precisamos sim de repensar de que forma estamos super utilizando o que nós já temos.

O desenvolvimento se produz com conhecimento e tecnologia de forma que a tal "saída pelo campo" propagandeada por sucessivos governos no Brasil, não nos torne um mero produtor de grãos para outras nações. A tão falada exportação das commodities já provou não ser tão eficaz e boa quando se alardeava a anos atrás. Melhor agregar valor a esses produtos vendendo-os já processados e manufaturados e com isso produzir empregos e muito mais riqueza no Brasil, seja ela comercial, intelectual ou tecnológica. Da forma como está o Brasil continuará a ser uma colônia onde outros vem aqui para plantar e colher e com isso continuaremos sendo indefinidamente um país em desenvolvimento. Ciência e tecnologia; se para países sem recursos como Japão, Noruega, Suíça e Estados Unidos  entre outros deu certo porque não haveria de dar certo por aqui. Basta deixar de ser um país colonial.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Nós e Eles

       

         As recentes manifestações que tem ocorrido nos últimos meses me fizeram refletir sobre o tema! Afinal, por que elas acontecem de verdade e qual a motivação que impulsiona pessoas das mais variadas classes sociais e culturais a extravasarem seus sentimentos nessa hora?

         Muitos países como o Brasil tem política partidária plural e múltipla. Mas, na maioria esmagadora, esse pluripartidarismo acaba sendo polarizado entre dois partidos. Independente do país, sempre ocorre essa polarização entre um partido oposicionista ao regime instituído e o partido situacionista que momentaneamente detêm o poder político adquirido. Dessa forma, através das tão faladas coligações, muitos partidos políticos servem na sua realidade a seus dirigentes e alguns poucos correligionários transformados em moedas de negociação política e eleitoral, principalmente na época que antecede as eleições.
           Então, para que existir tantos partidos políticos se quando é para que quando mais se precisa de seu posicionamento e de suas ideologias, justo então eles acabam se aliando a outros partidos, muitas vezes dos quais foram originalmente oriundos e formados? Fazer dois blocos distintos dos 32 partidos políticos existentes oficialmente é realmente uma tarefa hercúlea, visto que ao menos no papel suas ideologias são conflitantes.

            O que falar então dos 21 partidos políticos que estão em processo de regularização, colhendo assinaturas e documentos para seu registro oficial? Nesse bloco se vêem coisas bizarras como Partido da Organização da Vanguarda Operacional (POVO) ou então Partido da Construção Imperial (PCI) ou ainda, Partido Pirata (PIRATAS) e Libertários (LIBER).  Algumas dessas agremiações são verdadeiras piadas nos seus estatutos, nem merecendo registro ou citação. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_partidos_pol%C3%ADticos_no_Brasil)

             Por que estou citando esses exemplos? Para demonstrar a que ponto estamos nos desviando da verdadeira democracia representativa e necessária para um país republicano como o Brasil. Enquanto se perde tempo com discussões inúteis e estéreis, as verdadeiras políticas públicas vão ficando relegadas a segundo plano. Basta citar que o Brasil está perdendo credibilidade no panorama mundial por deficiências de infraestrutura básica como energia elétrica e saneamento básico.
              Por que então existe a divisão entre "nós e eles", tão comum em todos os debates políticos que acontecem pelo país?
              Porque as políticas discutidas entre os dois lados conflitantes na esmagadora maioria das vezes não são políticas públicas ou políticas de governo, mas políticas partidárias. Essas políticas partidárias pouco interessam ou agregam às reais necessidades do país, produzindo um afastamento ainda maior entre "nós e eles"!  O grande erro que repetidamente acontece no Brasil é confundir partido político com governo. Quando se é eleito, não se governa ou fiscaliza para ou pelo partido, mas sim por uma cidade, estado ou país! Quando um partido se imiscui dentro de políticas governamentais com certeza produzirá um buraco ainda maior na possibilidade das políticas convergirem em direção a um bem comum.

                Atualmente as passeatas estão a segregar e separar amigos, irmãos, vizinhos e até familiares pelo simples motivo da separação partidária. Quando se emite alguma nota de repúdio a uma ação do governo imediatamente se fala que é golpismo. Da mesma forma, que quando se emite uma nota a favor do governo, a pecha de ladrão e corrupto logo vem à tona. Lamento informar, mas ser contra o governo não significa golpismo, apenas insatisfação com os rumos e decisões tomadas pelo governo. Também ser a favor do governo não transforma todos automaticamente em um corrupto ou desonesto.
                 A capacidade de discernimento anda em falta entre nossa população quando não sabemos separar profissionalismo e paixão. Um país deve ser administrado com competência e profissionalismo, mas nunca com paixão. Paixão podemos reservar para jogos de futebol ou outro esporte qualquer! Política pública e administrativa é um tema muito mais sério do que ficar 90 minutos dentro de um estádio vibrando.

                  Antes de sermos "nós e eles", somos todos brasileiros! Isso sim, deve ser defendido com paixão. Nunca esquecer de que ser patriota não é ser partidário, mas sim querer de forma legal e regrada fazer um país crescer justamente. Justiça patriótica é quando colocamos o país acima de disputas partidárias. Patriotismo é quando todos temos como bem comum nosso país deixando de lado fanatismos desnecessários que servem apenas para emponderamento de alguns indivíduos que são completamente desnecessários para a coletividade. Pense nisso antes de ofender seu amigo ou seu irmão apenas por uma opinião política partidária incipiente e imatura. A política sempre deve passar, mas as verdadeiras boas ações ficam para sempre! Afinal, o Brasil é muito maior que apenas um partido político!!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Para Que Servem os Políticos?


É histórica a origem dos políticos no mundo. Durante séculos, desde a Roma antiga e a Grécia existem pessoas escolhidas como representantes de uma região ou população. Com o gradual aumento de habitantes sobre a terra, é normal em uma sociedade civilizada nomear dignos representantes para serem os porta-vozes das necessidades de todos.

Com o passar dos tempos muita coisa mudou. Principalmente quanto a representatividade. Atualmente a enorme maioria da classe política não representa mais ninguém além de apenas seus próprios interesses..
Para falar especificamente do nosso Brasil, vemos quase que diariamente nas mídias os péssimos exemplos dados pelos atuais políticos de plantão. A primeira demanda a ser atendida é resolver sua vida financeira particular. Depois homenagear amigos e conhecidos com nomes de ruas e praças. Mais adiante vemos "justas homenagens" para afilhados ou apadrinhados políticos partidários, e por aí vai a bandalheira.
Tem político politiqueiro querendo extinguir o ensino da língua inglesa, outro homenageia ditadores criminosos de outros países com nomes de escola, outro ainda propõe que "exércitos" de baderneiros defendam com uma verdadeira guerra seus interesses pessoais. Outro ainda pior nomeia criminosos para seus gabinete e permite o roubo e dilapidação dos bens públicos para se locupletar. Tem aquele que utiliza a máquina pública para corromper outros políticos aumentando o time dos bandidos representativos. Tem muito mais mas a lista seria muito grande.

As classes legislativa e executiva e também porque não dizer a judiciária, esqueceram-se, de forma proposital, quais as suas principais obrigações e deveres.  Primeiro cumpre dizer que político é funcionário público e dessa forma é obrigado a trabalhar para e pelo público.
Segundo; o político eleito pela população nunca deve legislar em causa própria, pois ele está na atual situação apenas para representar temporariamente aqueles que o elegeram. Resumindo ele é o porta-voz da população.
Terceiro; ele não é político, ele está político, pois não existe a profissão de político ou pelo menos assim deveria ser visto que todo político tem um mandato de 4 ou 8 anos e findo esse tempo acabou sua atuação.
É o tipo de trabalho que se sabe de antemão o tempo de validade para que sempre haja renovação nas propostas da comunidade.

Atualmente temos representantes analfabetos, criminosos, processados, incompetentes e desnecessários nos representando. Infeliz de um povo que não sabe eleger seus representantes.
A moda vigente é retirar nomes de figuras históricas e importantes de monumentos, construções e logradouros para substituir por nomes de políticos partidários inúteis ou ideologicamente alinhados.
Outro péssimo costume é se achar "deus" e elaborar projetos de lei que seguem na contramão da Constituição Federal achando que com isso entrarão para a história. Claro que serão lembrados, mas pela incompetência!
O despreparo ou incompetência da grande maioria dos atuais legisladores fica evidente quando abrem a boca para falar de assunto que não dominam. Nesse caso quase todo tipo de assunto, pois não dominam quase nada sendo a cultura, informação e conhecimento palavras desconhecidas a maioria dos eleitos na atualidade.

O desencanto com a classe política não é novidade, mas que fique bem claro, é de inteira responsabilidade de quem os elegeu! Levante a mão o cidadão que cobrou e exigiu que o seu eleito atitudes corretas e representativas. Não adianta reclamar pelas esquinas enquanto a bandalheira continua. A cada 4 anos toda uma população tem chance de mudar o atual cenário de desolação apresentado, mas sistematicamente repete no erro reelegendo os mesmos inúteis de sempre.
Tenho um pensamento sobre o tema, comparando com a preparação de um bolo. Se você não mudar os ingredientes que irão se transformar num bolo, como você quer que o bolo seja diferente. Se o bolo é ruim, mude e faça outra receita.
Da forma com que o povo brasileiro continua a fazer bolo ruim com péssimos ingredientes logo estaremos intoxicados e envenenados.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O Conto de Uma Cidade Triste

 
  Os dias passam, alguns rápidos outros mais devagar, assim como os meses e os anos de forma impiedosa na cidade.
      As pessoas vem e vão, todas com seus afazeres, suas responsabilidades, algumas maiores outras menores, mas sempre importantes.
      O tempo passa na minha cidade triste, que teima em parecer alegre e sorridente, principalmente quando sobre ela não se abate uma chuva forte, um vento instigante ou uma tempestade passageira. A alegria é passageira quando muitas pessoas alegres de outras cidades vem visitar a cidade triste. Mas logo ela volta a se entristecer. As tempestades acontecem de tempos em tempos na minha cidade triste. Elas são climáticas, emocionais e estruturais, mas de qualquer forma que sejam afetam a vida de todos. Alguns nem notam pois são alienados de tudo mesmo, percebendo apenas suas demandas pessoais, interiores e mesquinhas. Outros se comovem e condoem com as inúmeras tempestades que vão se repetindo com cada vez mais intensidade e gravidade na minha cidade triste.
       Esses condoídos logo se tornam empedernidos também, pois a tristeza que impera lentamente endurece a alma de todos tornando a cidade triste ainda mais abatida.
       Cidades também entristecem. Elas também se alegram. Existem cidades que começam tristes e com o passar dos anos ficam cada vez mais alegres. Outras ao inverso, começam alegres e sob o peso da rotina e apatia tornam-se taciturnas e melancólicas.
       Oportunidades são iguais para todas as cidades, sejam tristes ou alegres. O que muda uma cidade triste ou alegre são as pessoas. Pessoas são as cidades. Uma cidade sem pessoas não é cidade é uma construção!
        Triste de uma cidade triste que não aproveita as pessoas alegres que tem para torná-la alegre. A perpetuação da tristeza é uma opção, da mesma forma que a alegria.
         Tornar a tristeza de uma cidade indefinida pode ser sinal de alguma doença; quiça doença da alma pois quem é triste sempre quer esta tristeza como companhia.
         A alegria também é contagiosa mas para sobreviver precisa ser alimentada todos os dias, assim como uma linda flor no jardim.
         Como toda escolha a minha cidade triste está fazendo a sua, e eu, como muitos outros alegres, estamos cada vez mais longe da cidade triste. Não fisicamente, mas tristeza não combina com alegria e este deslocamento da alma nos impede de uma aproximação. Logo não haverá mais escolha entre a tristeza e alegria, pois o tempo corre célere avante. Qual é a tua escolha?  Eu já fiz a minha. Você quer uma cidade triste?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O Que Acontece Com Nossa Indignação?

 
 O ser humano é uma máquina quase perfeita. Até hoje apesar de contarmos com toda tecnologia de ponta, nada ainda consegue superar o ser humano nas suas mais diversas habilidades.
    O que surpreende também é a capacidade do ser humano a adaptar-se as mais diversas situações e circunstâncias. Está provado por diversos estudos que o corpo humano, seja fisicamente ou mentalmente, com o passar do tempo, quando se é exposto a repetidas ações externas lentamente vai se adaptando a elas e passa a tolerá-las de modo que isso não incomoda mais, fazendo então parte do cotidiano.
   
    Essa fantástica capacidade de adaptação é muito oportuna nas mais diversas situações mas também leva o indivíduo a uma certa indiferença com os acontecimentos repetitivos que o rodeiam. Essa é a minha pergunta. Será que isso é bom? Dessa forma não nos tornamos uma parte de um grande todo, aceitando a tudo de forma tão natural e sem contestação?
    Nossa indignação e capacidade de distinguir o certo do errado está sendo afetada. Estamos perdendo a vontade e capacidade de termos ideias diferentes e opiniões contraditórias a muitas coisas que nos rodeiam. Basta ver as muitas faces da violência a que estamos expostos. A violência física, a violência moral, a intelectual, enfim a todo tipo de cerceamento de liberdade de podermos nos desenvolver como seres humanos em constante aprimoramento.

    A evolução do ser humano não se deu pela sua passividade. Os mais fortes, física ou intelectualmente, ou ainda os com melhor capacidade de adaptação ao meio em que viviam, sempre tiveram prioridade no seu crescimento. Os mais fracos acabam por sucumbir perante quando algo se opõe a ele. Da forma atual vemos a gradual perda da capacidade de manifestação e indignação. Pessoas passivas e sem vontade própria sendo remotamente guiadas por maus exemplos de forma a aceitar tudo que se apresenta de errado pela frente. Isso acontece pela repetição de maus exemplos ou medo de ter uma palavra dissonante, agravado pela possível segregação da maioria contaminada. Fazer parte de um grande grupo que toma decisões erradas não significa estar fazendo o certo. Nem sempre a maioria está correta. Nos modelos atuais está provado que a maioria está sempre errada!

    Questionar e se opor ao que está posto é saudável e necessário para o bom desenvolvimento de uma sociedade. Todas as unanimidades são burras, já dizia o poeta Nelson Rodrigues. Dessa forma vejo com grande pesar a perda da capacidade de indignação contra os desmandos que se apresentam todos os dias na nossa sociedade. Aceitar o errado é fácil! Quero ver você ser um bom exemplo do certo mesmo sendo contra muitos dos teus conhecidos e contra toda a avalache de atrocidades que são cometidas por nossos governantes e formadores de opinião. Lembre-se que uma mentira NUNCA vai se tornar uma verdade, mesmo que seja repetida mil vezes!
     Tenha tua capacidade de pensar e se posicionar sempre ativa e atuante. Não aceite tudo bovinamente como a sociedade quer de você. Uma sociedade sem contestações é uma sociedade decadente, onde em geral maus líderes tomam conta pela ausência de posicionamento dos bons. Não perca nunca tua capacidade de indignação e oposição! Sem isso ficaremos eternamente na minoria que será fatalmente esmagada pelos maus exemplos. O progresso e desenvolvimento de uma nação depende de bons exemplos e bons cidadãos. Depende de você que ainda tem receio de ser feliz.

     Seja feliz sendo correto e se indignando contra tudo que se apresenta de errado. Logo você terá mais bons ao teu lado.