Animais Nas Praias... ... e Nas Ruas


Assunto polêmico, mas apaixonante. Primeiro devemos levar em conta a legalidade e higiene e depois as questões afetivas.

De que forma é melhor tratar sobre um assunto que atinge a muitas cidades no Brasil e no mundo. Na cidade de Barra Velha desde o ano de 2001 a Lei 383/01  proíbe a circulação de cães e gatos e animais pequenos na orla e até 50 metros mar adentro. Bem interessante essa lei visto que ela só contempla animais de pequeno porte esquecendo-se de incluir animais maiores como cavalos, vacas e demais quadrúpedes que também são regularmente vistos passeando soltos ou com seus donos nas areias.
Cavalo e seu dono passeando alegremente na praia.
Para informar esse procedimento a Municipalidade colocou placas de sinalização nas praias com a normativa que estabelece a proibição, que seria uma atitude correta se fosse efetiva. A falta de fiscalização e aplicação de qualquer lei é letra morta quando não há punição. Elaborar leis sem critérios completos e estudos adequados é leviandade que se faz presente com recorrências nas nossas localidades. Para isso basta citar a Lei Complementar 67/2008 que estabelece o Código de Posturas do Município de Barra Velha e verificar a quantidade de parágrafos e artigos que não condizem com a realidade ou a normalidade, sendo sumariamente infringidas e ignoradas. No caso da Lei que restringe a circulação de pequenos animais (Lei 383/2001) é imputada uma multa de 2 UFM ao transgressor. Você sabe quanto é isso? A quem será aplicada a lei? Ao animalzinho ou ao “animal” seu proprietário que de forma irresponsável permite deixar solto um pet inocente que é apenas uma vítima?

Todos sabem que animais domésticos podem transmitir doenças através de suas fezes ou urina, estando entre as mais comuns o famoso “Bicho Geográfico” (Larva Migrans cutânea).  O que falar então da leptospirose, raiva, micose, toxoplasmose e até criptococose  doenças facilmente transmitidas  através das fezes e secreções de aves, ovinos, bovinos, equinos e outros animais. A maioria dessas doenças é de natureza grave podendo levar a óbito quem for delas acometido. Dessa forma é imperioso que a questão do controle das zoonoses seja levada a sério pelos órgãos governamentais responsáveis e toda a sociedade.

A circulação de animais entre humanos sempre foi alvo de críticas e defesas apaixonantes, e respeitando a todos, cada um com a sua razão. O que falar então do animal que mais se encontra em logradouros públicos e que por não respeitar as leis por ele mesmo criadas é o verdadeiro responsável pela esmagadora maioria dos problemas encontrados. Este bípede que em muitas situações se assemelha ou até suplanta outras espécies é capaz de criar legislações conflitantes e supérfluas quando na verdade é ele, o humano o maior causador de situações ilegais ou irregulares na sua sociedade civilizada. Novamente estamos frente a frente com o bom senso e respeito aos semelhantes.
Fezes de cavalo na ciclo faixa
Enquanto existem verdadeiros cidadãos que podem passear corretamente com seus “pets” vacinados e recolhem os dejetos por eles produzidos, vemos diariamente dezenas de animais “sem donos” perambulando alegremente pelas ruas e praias da cidade. Deve ser porque as placas de sinalização colocadas nos logradouros não podem ser lidas pelos cães e gatos, pois não estão escritas em “cachorês” ou “gatês”!!  Então em bom português vamos todos respeitar nossos semelhantes e suas escolhas de forma a não atrapalhar a vida de quem não gosta da presença de animais soltos. Este colunista que vos escreve, dias atrás quase foi mordido por cães soltos durante um deslocamento realizado com bicicleta pela orla de Barra Velha.
Vale lembrar que nem todas as pessoas se sentem confortáveis na presença de cães soltos ou não conduzidos com focinheiras, principalmente se tratando de animais de maior porte. As palavras chave sempre serão bom senso e respeito. A convivência entre membros de uma sociedade pode ser harmônica ou não, dependendo apenas do esforço que cada um faça para que o resultado final beneficie a todos corretamente.

 
Cães "sem dono" brincando na areia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário