A milhares de anos atrás, muito antes
do aparecimento de seres humanos sobre a face da terra, o nosso planeta era
recoberto por extensas áreas de matas e florestas. A existência de cobertura vegetal
sobre o nosso planeta foi um dos fatores que proporcionou a evolução das
espécies animais e consequentemente do ser humano sobre a superfície da terra,
até então inóspita.
A aridez do solo cheio de pedras e
com pouca humidade já a milhões de anos se mostrava um ambiente hostil à
sobrevivência de formas de vida mais complexas como as existentes no reino
animal, ao qual pertencem todos os tipos de humanos e seus descendentes. Com a
gradual cobertura vegetal existente no planeta em diversas regiões, a migração
e deslocamento humano para essas regiões tornaram-se naturais, pois florestas e
matas historicamente sempre produziram abrigo e alimentação além de concentram
as reservas naturais de água. A história nos mostra que o ser humano sobreviveu
extraindo seu sustento de frutos, raízes, caules e folhas localizados nas
densas florestas que cobriam o planeta até então.
O que mudou de lá para cá? Mudou a
forma como convivemos com as matas e florestas. A enorme concentração de
indivíduos nas florestas e a beira de cursos d’água precipitou a esses
indivíduos a necessidade de abrir espaços para suas moradias. Consequente a sua
fixação definitiva para morar precisou-se também espaço para poder plantar sua
agricultura e mais espaço para criar seus animais domesticáveis necessários a
sua alimentação e sobrevivência. Pronto! Estava a começar uma das intervenções
mais nocivas do ser humano, aquela onde ele inicia a destruição do seu meio
ambiente localizado bem ao seu lado, recriando o ambiente hostil que existia a
milhões de anos atrás, muito antes mesmo de sua própria existência. O destrato
com a natureza não é invenção dos tempos de hoje. A muitos séculos o chamado
“homem evoluído” realiza ações danosas a cobertura vegetal existente sobre o
nosso planeta. Paralelamente a isso os povos “menos evoluídos”, até hoje
conseguem conviver em harmonia com o seu habitat. O que então está acontecendo
de errado?
As duas principais motivações que
quebraram a harmonia que havia sobre a superfície do planeta foram a cobiça e a
preguiça. Parece incrível que a humanidade caminha a passos largos para sua
destruição apenas por dois fatores tão simples! No instante que a preguiça em
procurar locais mais remotos para estabelecer suas moradias e assim evitar
aglomerações, o homem também foi atacado pela cobiça, buscando cada vez mais
possuir espaços que antes não lhe pertenciam.
Na nossa sociedade moderna, os
desmatamentos acontecem pelos motivos mais variados, mas sempre tem suas raízes
na cobiça e na preguiça. Nas cidades e ajuntamentos urbanos a eliminação de
florestas e matas acontece pelo simples motivo de construção de novas casas de
moradia, esquecendo-se de utilizar áreas já degradadas e recuperáveis. Da mesma
forma indústrias e outros empreendimentos que são montados aleatoriamente e sem
critério em qualquer lugar, levando em conta apenas as questões financeiras em
detrimento da natureza e qualidade de vida. Exemplos ruins vemos todos os dias
na nossa cidade, no nosso país e em todo o mundo. O fato de o humano ser uma espécie preguiçosa
e acomodada produz ações devastadoras e perversas como arrasar milhares de
quilômetros quadrados de matas apenas para levantar casas, edifícios e outras
construções, normalmente localizadas onde antes havia belíssima e exuberante
natureza.
O fato de o humano ser
comprovadamente mesquinho e ganancioso é observado todos os dias quando ocorrem
milhares de desmatamentos e desflorestamentos com o único objetivo de retirar a
madeira para venda e em seguida utilizar este espaço como agricultura e
pecuária industrial. Os imensos desmatamentos que ocorrem no nosso país e no
mundo já mostram a sua face mais perversa onde o clima gravemente afetado
produz todo tipo de devastações na forma de vendavais, temporais, inundações e
suas demais consequências. Sem nos preocuparmos como será nossa sobrevivência
sobre o planeta, lentamente estamos matando tudo que nos mantém vivos, apenas
para satisfazermos nossos caprichos, achando que somos os donos do planeta!
Nada que existe por aqui nos pertence, pois estamos apenas de passagem. Nada do
que achamos que nos pertence levaremos conosco quando da nossa passagem a outro
plano. As únicas coisas que deixaremos
para quem nos suceder serão as nossas ações sejam elas boas ou más!
Os desmatamentos já realizados são
irreversíveis! Cabe a nós pararmos de
realiza-los imediatamente sob a pena de estarmos cometendo suicídio!
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