Amigos, temos falado e escrito
bastante sobre o lixo que nós produzimos e também sobre a sua destinação
correta. Claro que o mais importante é
sempre reduzir a produção desses rejeitos adotando uma atitude ecologicamente
correta, mas, além disso, precisamos entender como funciona, ou não o ciclo de
coleta desses resíduos.
Os serviços de coleta de lixo no
Brasil só iniciaram de forma tímida no ano de 1880, através do Decreto Imperial
n° 3024, no qual o então Imperador D. Pedro II determinou os trabalhos de
limpeza, coleta de lixo e irrigação dos logradouros públicos da cidade de São
Sebastião no Estado do Rio de Janeiro. A concessão desses serviços na ocasião
foi passada para os cidadãos Aleixo Gary e Luciano Francisco Gary, moradores
daquela cidade, sendo que a partir daí que os então coletores de lixo fossem
chamados de “garis”! Mais tarde outras
cidades começaram a adotar a sistemática de coleta pública e domiciliar de
resíduos, principalmente motivadas pelo crescimento populacional e aumento da
densidade demográfica.
Todos vocês já devem ter notado e
tido contato com os mais diversos tipos de lixeiras existentes e à disposição
para depositar resíduos. São diversas cores, formatos, tamanhos variados, enfim
grande variedade. Mas afinal você sabe para que servem as cores nos recipientes
contentores de resíduos? O código de cores nos recipientes contentores é
internacional e no Brasil começou a ser utilizado a partir do ano de 2001,
através da Resolução CONAMA 275. No mundo a normatização teve como início a
Conferência de Estocolmo-Suécia, em 1972, por iniciativa da ONU. Mais tarde, foi elaborada a famosa Agenda 21
que foi o resultado de intensos debates ocorridos durante a Rio-92 onde temas
importantíssimos relacionados ao Meio-Ambiente foram discutidos a nível mundial,
tendo sido baseada nessa Conferência de Estocolmo.
Pouco mais de 13 anos tem essa
utilização das cores para identificar as lixeiras que vemos em diversos
lugares, e esse pouco tempo e falta de informação acabam por provocar muita
confusão na hora de depositar o lixo no recipiente adequado. Essa separação é
importante para a futura reciclagem do material, pois a mistura de materiais
incompatíveis acaba por levar a perder toda a possibilidade de reutilização ou
reciclagem dos resíduos rejeitados. Nas cidades da nossa região, diversas
repartições públicas e empresas particulares estão iniciando o uso de lixeiras
coloridas e identificadas com o objetivo a racionalizar a coleta e separação
dos diversos tipos de lixos. As quatro cores mais comuns e utilizadas são: VERDE – Vidros, AZUL - Papel,
VERMELHO – Plásticos, AMARELO – Metais.
Instalar lixeiras em qualquer lugar e
sem nenhum critério técnico não diminui e nem resolve o problema da destinação
final do lixo. Vemos lixeiras nas areias das praias, em postes, caçambas
atrapalhando as vias públicas, contentores de lixo que servem para todos os
resíduos sem separação. Tudo isso além de irregular apenas esconde a falta de
gestão adequada com os resíduos sólidos.
A cada dia que passa é mais importante a consciência ambiental e
participativa da população nas cidades. O fato de ainda haver poucas lixeiras à
disposição NÃO PODE ser desculpa para arremessar lixo no chão. Muito se vê
ainda de motoristas jogando lixo para fora de seus veículos, achando que com
esse infeliz gesto, ele está “se livrando” desse lixo. Pedestres também são
flagrados a todo instante jogando papeis de balas, sorvetes, xepas de cigarros
e outras porcarias no chão por onde passam. Por sermos uma cidade litorânea,
fatalmente esse lixo irá em poucos dias estar dentro do mar, e sujando as
nossas praias. Como não existe um
serviço de varrição pública adequada temos que cuidar ainda mais e zelar pela
limpeza das vias, praças e logradouros públicos. Não é admissível exigir de uma
administração pública a manutenção da limpeza se os próprios moradores não
fazem a sua parte na correta separação e deposição do seu lixo. Buscar soluções
mais inteligentes como transportar seu lixo até uma lixeira ou então ter dentro
do carro uma pequena sacolinha para guardar o lixo são opções muito bem vindas.
Poderíamos logo pensar em locais
criados e mantidos pelas empresas concessionárias de coleta de lixo e poder
público, onde estariam localizados contentores de grande porte e volume para
que a população de forma consciente pudesse depositar seus lixos de mais
variados tipos e formas. Criar centros de desmontagem de lixos volumosos como eletrodomésticos
(geladeiras, fogões) e móveis (sofás, camas) também é uma solução para evitar
largar esse resíduo incômodo em terrenos baldios, valetas, rios ou mesmo dentro
do mar. Respeito às leis e bom senso são símbolos de cidadania que demonstram o
grau de cultura e comprometimento de um povo. Faça a sua parte e colabore.
SEPARE E JOGUE O LIXO NO LIXO! Dessa
forma a nossa cidade fica mais bonita e você mais feliz.
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