segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Governo X Meio Ambiente – Entenda o Que Não Dá Certo


Você ainda lembra o que é Meio Ambiente não é mesmo?  Recapitulando: É todo lugar onde as mais diversas formas de vida animal, vegetal, humana e até acidentes geográficos e geológicos convivem. Resumindo: É onde estamos nesse momento. Aí você pergunta: Por que Governo X Meio Ambiente? Não deveria ser Governo = Meio Ambiente? Siiiiimmmm deveria, mas infelizmente não é! Sabe por quê? Porque na esmagadora maioria dos governos os mandatários não tem uma visão ambientalista. O ambientalismo não é contra uma visão desenvolvimentista, mas é sim contra um desenvolvimento não sustentável. A sustentabilidade só acontece quando todos atores, humanos, animais, vegetais e minerais conseguem dialogar e conviver harmonicamente.

Esse diálogo não acontece com palavras jogadas ao vento em discursos populistas, mas sim em ações concretas e responsáveis que venham a beneficiar sem destruir. Governo, seja em qual esfera atue, visa principalmente o incremento financeiro, pois vive exclusivamente de arrecadação de impostos. Seguindo nessa linha as políticas acabam beneficiando apenas alguns segmentos específicos deixando de lado todo o resto da população. Todos sabem que os governos municipais têm como sua grande prioridade o famigerado IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), pois ele sustenta a máquina administrativa. Então quanto mais imóveis construídos numa área urbana maior será a arrecadação financeira. Nesse perverso ciclo desenvolvimentista a questão ambiental sempre é deixada de lado.

Basta ver nossas cidades como Barra Velha, Balneário Piçarras, São João do Itaperiú, Araquari e tantas outras. Quanto mais as cidades crescem na suar urbanização mais relegado ao segundo plano fica a questão ambiental. Que fique bem claro que é possível a convivência harmônica desde que os governantes ajam com responsabilidade ecológica.
Legislações existem. O Brasil é o país que tem a melhor legislação ambiental do mundo segundo a ONU. Temos Ministério de Meio Ambiente, Secretarias Estaduais e Municipais, Fundações Ambientais, ONGs, Entidades Filantrópicas que defendem questões ambientais e tudo mais. Então porque somos ainda o país que mais desmata no mundo?  Porque somos o país que encabeça a lista de animais em extinção? A resposta é bem fácil: Cobiça, ganância e descaso aliados a falta de cumprimento das leis. Não basta ter leis, elas precisam ser cumpridas! Também temos o péssimo hábito de acreditar no poder absoluto do dinheiro e que ele resolverá todas as nossas necessidades. Valores monetários não são necessários para a preservação do ambiente que nos suporta. O planeta Terra já não dá mais conta das agressões ambientais às quais é submetido. Hoje para podermos manter a tão qualidade de vida precisaríamos ter duas Terras e meia para equilibrar a balança da sustentabilidade.

Governos são instituídos para providenciarem soluções. Para isso é que foram eleitos originalmente. Os desvirtuamentos das funções que os governos praticam acabam por apenas criar mais problemas do que soluções, colocando em interrogação a real necessidade desse tipo de governo instituído. Entende-se que um governo deveria ser composto por pessoas de notório saber com soluções práticas e fáceis ante os problemas apresentados. Na prática a realidade é completamente oposta quanto vemos a cada dia que passa a incapacidade governamental em resolver problemas, passando a estes desgovernos serem os maiores causadores dos problemas.
Ações criminosas como aterramento de margens de rios, permissão de edificações em encostas de morros, ocupação ilegal e irresponsável de faixa de dunas e vegetação de restinga, retificação de cursos de rios, desmatamento de áreas remanescentes de matas e florestas, contaminação de rios e lagoas por esgotos urbanos, são parte de uma interminável lista de crimes permitidos e praticados por administrações municipais de todos os municípios na nossa região. Os piores crimes são aqueles praticados por quem deveria zelar pela manutenção do patrimônio natural. Menos de 30% dos municípios brasileiros cumprem a legislação da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). Metade dos municípios não tem coleta de esgoto e dos que coletam, menos de 20% são tratados.

Que fique bem claro que cidades que não oferecem um meio ambiente limpo e adequado não terão um futuro promissor. As pessoas sempre buscam uma natureza agradável e limpa para seu lazer e convivência. Quer um exemplo: Quando você sai de férias você tira fotografias de montanhas, florestas, praias de areia branquinha, rios cristalinos, cachoeiras limpas ou tira fotos de rios de esgoto, prédios enormes, centenas de carros, montes de lixo, calçadas cheias de gente, indústrias despejando fumaça na atmosfera?
A sustentabilidade pode conviver com o desenvolvimento urbano bastando que as populações e seus respectivos governos pensem e ajam de forma a respeitar o meio ambiente. Governos que só pensam em arrecadações impostas não são governos, mas sim criminosos autorizados. Logo estaremos às portas de mais uma eleição municipal. Veja qual o comprometimento que  candidatos às eleições tem com o meio ambiente e sustentabilidade. Pergunte ao candidato se ele sabe o que é sustentabilidade. Se ele não souber, busque outra opção porque até hoje nossas cidades não tem tido administrações voltadas à proteção do nosso bem mais precioso, nossas vidas em harmonia com a natureza.


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Orquídeas – Lindas Fascinantes e tão Desconhecidas.


Todo mundo já viu alguma e todos acham lindas. As orquídeas fascinam a todos pela sua diversidade e beleza plástica e formatos diversificados e intrigantes.  A origem do nome “orquídea”, plantas que compõe a família Orchidaceae vem do grego, numa palavra composta que já surpreende pela sua formação.  (Órkhis) que significa testículo e (eidos) que significa formato, em referência ao formato diferenciado que a parte inferior de muitas orquídeas possuem a qual chamamos de labelo.
Partes de uma flor de orquídea
As flores das orquídeas são formadas por partes bem distintas e as principais são: Pétalas, sépalas, coluna, labelo, estigma e antera. As três primeiras são as partes externas mais vistosas e as outras duas contem toda a parte reprodutora da planta. Orquídeas ao contrário do que muitos pensam não são plantas parasitas. Elas são na sua grande maioria epífitas utilizando outros apoios como árvores, plantas, pedras, ou mesmo terra e areia apenas como locais de apoio. No cultivo doméstico são utilizados como substratos e locais de plantio os mais diversos tipos como casca de coco, cascas de árvores fragmentadas, musgos, entre outros, sendo que estes substratos servem como fonte de coleta de umidade e nutrição para as orquídeas.
Mais de 80% das orquídeas são aéreas ou epífitas não se adaptando muito bem a outros meios como o solo por não serem plantas muito resistentes ao excesso de umidade. Apesar disso existem plantas da família das orquidáceas que são exclusivamente térreas e nesse caso são espécies muito resistentes. Esse é um ponto a levar em consideração, alertando para que se evite o uso de vasos fechados na sua parte inferior bem como a colocação de pratos que acabem concentrando água, fato determinante para o apodrecimento das raízes e posterior morte da orquídea.
Dendrobium nobile-Olho de Boneca

Orquídeas existem na natureza em quase todas as regiões do planeta, menos na Antártida e no Ártico. A predominância ocorre preferencialmente nas regiões tropicais e montanhosas, motivada pela grande diversidade de formações vegetais e pelos acidentes geográficos que acabam por proteger as plantas. O país com maior incidência de orquídeas no mundo é a Colômbia com mais de 4010 plantas registradas. Depois seguem o Equador, a Nova Guiné e o Brasil com aproximadamente 2600 espécies.
Partes de uma planta
As orquídeas diferente de outras flores possui também uma anatomia diferenciada. Suas partes consistem de baixo para cima: Raiz, rizoma, broto, bulbo ou pseudobulbo, axilas foliares, folhas, bráctea ou caule da flor, botão e finalmente a flor.
O cultivo das orquídeas é uma das atividades botânicas mais difundidas no mundo, mas apesar da imensa variedade e espécies existentes, poucas delas têm alguma utilidade prática além da imensa beleza. Exceções como a Vanilla usada na produção da baunilha, algumas espécies podem ser utilizadas em chás, perfumes e aromatizantes de tabaco. Também algumas espécies podem ser usadas como matéria prima de farinha, sorvetes e até cola e adesivos.  Comercialmente as orquídeas são altamente valorizadas como flores de corte que podem servir a uma infinidade de arranjos decorativos, ramalhetes e buquês que tanto agradam aos admiradores.

Dendrobiuns, Phalaenopsis, Cattleyas, Oncíduns, Vandas, Epidendrum, Laelias,  são nomes muito ouvidos no meio orquidófilo mas a infinidade de nomenclaturas e espécies são multiplicadas quando se sabe que o cruzamento de espécies entre si produzem plantas únicas e muitas vezes inéditas. Estima-se em mais de 25.000 espécies de orquídeas já registradas sendo por este motivo a maior família entre todas as famílias botânicas. Já os números das orquídeas híbridas, ou seja, cruzamentos entre espécies podem superar facilmente às 100.000 espécies diferentes. Esses cruzamentos após devidamente acompanhados e registrados com dados e fotografias podem ser oficialmente catalogados em registros da Royal Horticultural Society (Real Sociedade Horticultural)  na Inglaterra sendo que o seu idealizador pode batizá-los com nomes de sua preferência.  Pela sua complexidade a recomendação a um iniciante no cultivo das orquídeas é sua participação em algum clube ou sociedade de cultivadores. Na nossa região diversas agremiações existem e podemos citar a COLCA (Círculo de Orquidófilos do Litoral catarinense), COB( Círculo de Orquidófilos de Blumenau), AJAO(Agremiação Joinvilense de Amadores de Orquídeas) e também a FCO (Federação Catarinense de Orquidofilia).

As orquídeas tem fascinado o homem há quase 3000 anos atrás, quando até o sábio Confúcio já citava estas flores enaltecendo seus perfumes, beleza, delicadeza e elegância. Na Europa da Idade Média, no México com os Astecas entre outros povos há citações com orquídeas evidenciando o interesse por estas plantas exóticas e encantadoras.
De qualquer forma uma coisa é certa. Orquídeas não são plantas tão frágeis como se acredita.  Muitas delas podem ficar muitos dias expostas a condições adversas e assim mesmo resistem muito bem a mudanças climáticas principalmente os híbridos que acabam sendo pela sua composição de mais fácil aclimatação que as plantas naturais. Basicamente não existe muito mistério no cultivo simplificado das orquídeas. Basta respeitar a natureza das plantas para que possamos ter orgulho em admirar belas plantas e lindas flores.