quinta-feira, 30 de junho de 2016

Pragas Urbanas

                                            

                Vejam bem, nesse caso não estamos nos referindo à perniciosa praga na qual se tornou a politicagem e seus protagonistas em nosso país.

“Praga” : Definição: “Quantidade de coisas inoportunas, erva daninha, animais nocivos, coisas que afligem e causam mal”.

As pragas sempre existiram sobre a face da terra. Seja na forma vegetal ou animal. Pode ser de forma pequena chegando a ser microscópica, mas pode ocupar grandes espaços e causar enormes impactos onde ocorre. Aqui vamos brevemente citar as pragas urbanas que estão presentes ao nosso dia a dia e quase passam despercebidas, seja pelo tamanho, ou mesmo apenas por já estarmos acostumados a elas.

Citando apenas algumas do reino animal que estão presentes ao ambiente urbano das nossas cidades as baratas, os ratos, os pernilongos, as aranhas, escorpiões, pombos, formigas, cupins, pulgas, carrapatos e mais recentemente os ainda não tão conhecidos os caramujos africanos. A lista é quase interminável, mas vamos a estes que são mais conhecidos e com eles convivemos quase todos os dias.
Mas afinal porque existem essas pragas? De forma generalizada, podemos citar o desequilíbrio ambiental. Nenhum ser vivo sobre a superfície da terra é imune a seus predadores naturais. A cadeia alimentar se estiver em harmonia consegue naturalmente realizar o controle biológico de forma a evitar a exagerada proliferação de qualquer outro ser. Quando há a quebra desse frágil ciclo de vida o aumento quantitativo de qualquer espécie pode ser considerado uma praga.
Todos os dias nas nossas casas, independente da higiene ou asseio ali presente, vemos mosquitos, formigas, traças, cupins e até baratas e ratos. Muitas vezes acreditamos que essas espécies vêm de algum vizinho ou de mais distante. Mas fica a pergunta; Porque eles se sentiram atraídos e estão à nossa volta? Bem simples: Eles acharam no local da ocorrência, um ambiente propício a viverem e se reproduzirem. As pragas anteriormente eram apenas formas de vida simples e básicas. Hoje em dia elas se sofisticaram pelo desequilíbrio causado principalmente pelo ser humano. Um exemplo são os ratos e as formigas.

Hoje se estima que a população mundial de ratos seja de 20 a 25 bilhões de unidades. Na China a estatística é de 300 ratos por habitante e na cidade de New York-US, existam pelo menos de 15 a 18 milhões de ratos e ratazanas nas ruas e esgotos daquela cidade. Segundo pesquisa em São Paulo, lá existem aproximadamente 15 ratos para cada habitante, perfazendo um total de 225 milhões de ratos paulistanos! Porque os ratos são perniciosos? Porque segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) eles transmitem mais de 55 tipos de doenças, entre elas a leptospirose, tifo, peste bubônica, sarna, micose, hantavirose, febre hemorrágica entre muitas outras.

Então para resumir qual a pior praga urbana que existe? Difícil dizer com precisão, mas os pombos, os ratos, as baratas e, pasmem, as formigas! Sim, as formigas estão consideradas entre as piores pragas urbanas pelo simples fato de que agem silenciosamente de forma sorrateira e sem despertar desconfiança. As formigas cavam milhares de quilômetros de túneis produzindo solo instável e oco sob as casas e ruas das cidades. As formigas caminham sobre tudo, desde excrementos/fezes, casas, animais, vegetação, alimentos e seres humanos também. Dessa forma transportam micro-partículas de todas as superfícies por onde passaram e pelo caminho vão largando essas partículas que muitas vezes estão contaminadas e imundas. Esse transporte é exatamente o mesmo propiciado pelas tão odiadas baratas, mas por já serem nossas velhas conhecidas, são constantemente combatidas com venenos ou mesmo o velho conhecido chinelo.


Então vemos que o ser humano está sendo atacado por terra pelos ratos, baratas e formigas. Pelo ar somos bombardeados com fezes de bombos, morcegos e outros pássaros. Picados por mosquitos, escorpiões e moscas. Não podemos comer nenhum alimento que está no solo, pois este solo pode estar contaminado pela passagem de caramujos africanos, aranhas ou até cobras. O que podemos fazer então para nos protegermos?
Já que o ser humano foi o causador da explosão das pragas, principalmente a urbana, só nos resta um caminho que é manter o máximo de higiene possível.  Limpeza absoluta em nossos lares e entorno fazendo com que o principal atrativo das pragas que é a comida deles, fique fora do alcance desses seres danosos. Higiene das mãos, do corpo, na preparação de alimentos que podem já estar contaminados também é indispensável.
Caramujo Africano
O assunto das pragas urbanas é quase interminável e oportunamente vamos debater mais sobre alguns assuntos relacionados. Mas para agora fica a reflexão: Como causador do desequilíbrio ambiental propício às pragas, sejam urbanas ou rurais e naturais, podemos afirmar que o homem é a maior das pragas sobre a face da terra. O homem destrói a terra de onde tira o seu sustento. O homem destrói a vegetação que serve para sua sobrevivência, consegue até tornar impossível o consumo da água, recurso indispensável a todos os tipos de vida sobre o planeta. Dessa forma quebrando o ciclo de harmonia natural produziu um assustador aumento de elementos que antes não eram considerados pragas, mas agora é pelo simples descaso em administrar bem o nosso planeta Terra.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Porque o Brasil não dá certo?

         


           Ouço desde pequeno que o Brasil é o país do futuro. Nisso já se vão mais de 45 anos. è sempre a mesma história, que daqui a 30 anos o Brasil será uma potência desenvolvida e referência mundial.
           É verdade. O Brasil passou a ser uma potência e referência. Potência nas infinitas possibilidades nunca realizadas e uma referência de mau uso de tudo que por aqui abunda. Temos riquezas naturais nunca sonhadas por outras nações. Nem falar de belezas naturais. Ainda mais da capacidade inventiva e genialidade do povo. Uma grande lástima é saber que tudo isso é utilizado pelo lado negativo. Nunca vi até hoje um Prêmio Nobel brasileiro. Tampouco ouço falar de invenções brasileiras de relevância na atualidade, nunca esquecendo de nomes ilustres do passado como Santos Dumont, Vital Brasil ou Bartolomeu de Gusmão.

            Então o que acontece nas terras tupiniquins? Chega-se a conclusão de que o brasileiro gosta mesmo de ser cidadão de segunda categoria. Aceita tudo que nos é empurrado pela mídia como produto nacional. Não temos nem mais a cultura desenvolvida como referência e parâmetro de cidadania brasileira.
             Todo mundo acha que o prato predileto do brasileiro é a feijoada, esquecendo-se da infinidade de sabores como churrasco, massas e outras "unanimidades" nacionais.
             O samba é considerado o ritmo exclusivamente brasileiro, mas deixamos de lado a moda de viola caipira, a música nordestina e tantas outras que separam o Brasil em regiões.
             Definitivamente não temos cultura no país, onde museus verdadeiros são raridade, e, pior, o povo por aqui nem gosta de visitar museus. O brasileiro ainda acha que museu é um amontoado de velharia e ironiza quem os visita dizendo que é coisa de gente velha.Nos países europeus, América do Norte os museus são instituições respeitadíssimas e com afluxo de centenas de milhares de pessoas de todo mundo. Aqui o que importa são as praias cheias de gente bonita com pouca roupa e pouca cultura a oferecer. Um país de verdade só dá certo quando preserva suas raízes e sua cultura.

              Vamos a outro exemplo; Porque no Brasil não existem ferrovias? Porque no Brasil não existem hidrovias? Porque para construir isso tudo custa tão caro? Recentemente a Suiça inaugurou o Complexo de Túneis de São Gotardo que custou aproximadamente U$ 10 bilhões de dólares equivalente a R$ 35 bilhões de reais. Nesse complexo estão incluídos passagens rodoviárias e ferroviárias sob o Monte São Gotardo, ligando diversas cidades nos Alpes. Dezenas de túneis sendo o mais comprido medindo 57 km sob pura rocha das montanhas.
              Coincidência ou não no Brasil no mesmo período de construção está sendo realizada a obra da Ferrovia Transnordestina, Ao contrário da obra na Europa, a nossa ferrovia de integração só tem pouco mais de 600 km construídos dos 1700 planejados. Outra coincidência é o custo. Os mesmos R$ 35 bilhões já são somados às dívidas na execução dessa "maravilha" de engenharia nacional. Lá o cronograma de entrega foi adiantado em 6 meses, apesar de imensas dificuldades da topografia local, permitindo aos europeus deslocamentos mais rápidos e seguros. Aqui a obra só tem 30% realizado, mesmo não tendo nenhuma dificuldade de altitude ou topografia, não permitindo nenhum tráfego pois as partes prontas da obra estão sendo saqueadas por moradores locais.
Ferrovia brasileira(nordeste brasileiro)

Ferrovia suiça(São Gotardo)
                 Então fica a pergunta: Porque O Brasil não dá certo? Uma resposta bem tranquila seria e de que o Brasil não quer dar certo!
                Temos governantes que nunca governaram, fato que fica cada vez mais evidente nos últimos 40 anos. Da forma como estamos nem precisaríamos de governantes pois eles são os maiores causadores de problemas e entraves ao desenvolvimento do país. Governos que deveriam solucionar conflitos e necessidades custam ao bolso do cidadão 1/3 de suas vidas, e recebemos de volta nenhum serviço público de qualidade. Hoje se trabalha 4,5 meses por anos apenas para saciar a sede governamental de impostos que nunca retornarão para suprir o que precisa um povo para ter dignidade.
               Sem dignidade não há cidadania e sem cidadania nunca vai haver o respeito que um povo deve ter para com o seu país. O Brasil não dá certo porque os brasileiros assim o desejam. Não basta ter um país lindo se não se sabe cuidar dele. Não merecemos o país que temos, mas merecemos os governos incapazes que elegemos. Enquanto ficarmos nesse marasmo e analfabetismo cultural e político nunca teremos um país que dê certo.
               

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Nossas Matas e Florestas


Santa Catarina é um estado privilegiado pela sua geografia  e localização. Possui clima subtropical úmido o que lhe garante índices médios de 1500 mm de precipitação pluviométrica anual, e temperaturas que abrangem uma ampla escala agradando a todos os gostos e necessidades.
O nosso estado possui também três tipos florestais diferentes que respeitando as localizações, altitudes, relevo, clima e solo espalham-se por toda área de 95.346 km². São elas: Floresta Densa, Floresta de Araucária e Floresta Decidual.
A Floresta Densa também conhecida por Floresta Subtropical ou Floresta Ombrófila Densa está localizada entre a serra e o litoral. A Floresta de Araucária também conhecida como Floresta Ombrófila Mista é encontrada na serra e no planalto e finalmente a Floresta Decidual localizada mais na região oeste do estado. Essa formação é a original antes da exploração exagerada praticada durante a colonização e povoamento de Santa Catarina. Durante os séculos XIX (19) e XX(20) a utilização e exploração sem critérios das nossas florestas originais acabou com a grande porção das florestas naturais que possuíamos até então.

Hoje a cobertura florestal original que até então ocupava densamente 65% de todo território catarinense está reduzido a menos de 25% do total original estando incluídas nessa conta as florestas reflorestadas. De matas originais restaram pouco mais de 10% do que o estado possuía a 200 anos atrás!
Duas perguntas ficam no ar quando se vê o que aconteceu e continua acontecendo com nossas florestas: 1ª : Como aconteceu o desflorestamento de nosso estado? 2ª Porque aconteceu esse desflorestamento?
As respostas podem ser pinçadas desde a época do descobrimento do Brasil quando os primeiros navegadores aqui aportavam regularmente a partir do ano 1504, ano do descobrimento da ilha de São Francisco do Sul. Mas o verdadeiro saque às florestas e matas catarinenses aconteceu a partir de 1850 quando as primeiras ferrovias e estradas rudimentares ligaram o planalto catarinense ao litoral.  Canelas, Imbuias, Araucárias, Cedros, Angicos, Caixetas, Gerivás, Ipês, Manacás, Guarapuvus, Erva-Mate  e mais de 160 outras espécies passaram a ser devastadas das florestas até então exuberantes e repletas de todo tipo de vida.

A exploração comercial destinada à exportação deu-se pela colonização europeia de modo a suprir a demanda naquele continente para todos os fins, desde construções imobiliárias até como movelaria e combustível.  Hoje o que mais se vê em território catarinense são imensas áreas florestais reflorestadas com espécies exóticas como o Pinus e o Eucalipto.  Atualmente existem 3.982 empresas situadas em Santa Catarina ligadas ao setor madeireiro e elas consomem mais de 20 milhões de metros cúbicos de madeira anualmente. A área ocupada por reflorestamentos comerciais é atualmente maior do que a área de cobertura florestal original, sendo que esta continua a diminuir pela sua exploração desordenada.

O inventário florestal florístico ( IFFSC) realizado em parceria pela Epagri, FURB, UDESC , UFSC e FAPESC a partir do ano de 2007 levantou que existem ainda 328 espécies de flora nativa em Santa Catarina, sendo que 121 tem uso madeireiro e 170 são usados como fonte de lenha. 87 servem para alimentação, 222 para uso medicinal e 32 tem funções ornamentais, Muitas espécies tem mais de um uso o que é chamado de uso misto.
O que fazer para tentar reduzir o impacto do desflorestamento sobre nosso estado? Em primeiro lugar precisamos fazer uma mudança comportamental na qual temos que ter a consciência de que a natureza não está aqui para ser para servir ao ser humano nas suas vontades. A natureza na sua harmonia já existia antes mesmo do humano começar a se utilizar dela para alguns fins reprováveis. Acreditar que a exploração dos recursos naturais é infinita não passa de um delírio do homem moderno, que do alto de seu desconhecimento sofre cada vez mais com as mudanças climáticas e ambientais. O desequilíbrio de clima, precipitação pluviométrica, cobertura vegetal, extinção de espécies animais e vegetais acaba por alterar de forma irremediável o meio ambiente no qual vivemos.

A qualidade de vida não se mede pelo luxo obtido por uso indiscriminado do que a natureza nos apresenta. A sabedoria que nos falta determina a integração do ser humano com o ambiente que o rodeia permitindo o conforto vivencial sem que precisemos degradas tudo ao nosso redor. Proteger e preservar não é apenas status e modismo, é questão de sobrevivência!

                                                        

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Pesca Artesanal e Pesca Industrial – Entenda a Diferença


A pesca como atividade existe desde os primórdios da pré-história. Existem registros do ser humano pescando e coletando frutos dos mares, rios e lagos a milhares de anos. Os antigos egípcios praticavam a pesca, bem como os fenícios e os wikings e existem inúmeras citações na bíblia sobre pescadores e atividades pesqueiras praticadas de forma organizada.
A pesca sempre foi uma atividade praticada como forma de proporcionar alimento e também como atividade socializadora e comunitária, pois muitas vezes são necessárias diversas pessoas para conseguirem retirar o produto pescado do seu ambiente natural, seja pelo peso ou quantidade adquirida.
A pesca artesanal é caracterizada pela utilização de embarcações de pequeno porte como canoas e jangadas, muitas vezes familiar, e nas proximidades da costa ou às margens de rios e lagos. A pesca artesanal também pode ser praticada de forma desembarcada (sem barcos) onde está incluído nesse conceito a coleta de crustáceos (caranguejos, ostras, mexilhões). Esta modalidade pesqueira tem como característica principal a utilização de linhas, anzóis, armadilhas e também de redes de emalhe, cerco e arrasto de pequeno porte.

Basicamente a pesca artesanal é voltada a alimentação familiar ou a subsistência de pequenas comunidades tradicionais em locais já definidos e conhecidos com o passar dos anos. A pesca artesanal iniciou como forma dos povos antigos adquirirem proteína e sobrevivência passando a ser lentamente transformada como atividade comercial. No começo praticava-se o escambo, atividade comercial rústica onde se faz a troca de um produto pelo outro. Depois com o passar dos séculos a atividade pesqueira ampliou suas demandas e passou a ser fonte de renda para seus praticantes e finalmente com o crescimento populacional acabou perdendo suas características artesanais e transformou-se em grandes indústrias que hoje capturam milhares de toneladas de pescado.
No ano de 2015 foram capturados aproximadamente 1 milhão de toneladas de pescado. Apenas 10% desse total foi capturado na forma artesanal e subsistência, demonstrando uma brutal diferença entre a pesca artesanal e a pesca industrial. Evidenciando a falta de organização no setor, o país ainda precisa importar quase 15% do pescado que consome pois existe um problema de gestão no mercado pesqueiro brasileiro onde os chamados peixes nobres e seus derivados são destinados à exportação permitindo uma deficiência na oferta desse tipo de alimento para consumo interno.  Outra lacuna a ser preenchida é a pequena quantidade de pescado consumido pelo brasileiro em geral. Atualmente consome-se apenas 10,6 kg de peixe por ano por pessoa no Brasil. A média mundial gira em torno de 20 kg por pessoa e países com forte tradição pesqueira como Noruega e Portugal atingem 57 kg de peixe consumidos per capita.

O consumo de peixe é norteado por questões culturais e comerciais. Historicamente o Brasil não tem costume de consumir pescado, preferindo utilizar-se de proteína vinda de animais terrestres como o boi, o porco e a galinha.  A questão comercial também influi muito no hábito do consumo de peixe, sendo possível observar que na maioria das vezes os preços praticados nos pescados ofertados no país são superiores ao preço da carne terrestre. Esse processo é difícil de entender quando se sabe que a carne bovina, suína ou aviária tem custos muito superiores aos custos de produção de pescado, mas assim mesmo praticam preços inferiores. Em se tratando do Brasil com uma costa de mais de 8.500 km de extensão e com imensa variedade de pescado disponível ao longo dessa costa, e sabendo-se que o peixe capturado não tem custos de alimentação, vacinação, insumos em geral, fica ainda mais difícil entender o porquê dos preços praticados sobre o pescado no nosso país.
A  pesca é uma atividade renovável e de baixo custo propiciando uma alimentação de qualidade para todos que dela se utilizam. Respeitando se o manejo das espécies exploradas como as quantidades, locais e tamanhos capturados poderão ser proporcionados a todos integrantes desse ciclo de subsistência vantagens e oferta de qualidade de vida. O peixe é uma das mais saudáveis fontes de proteína existentes bem como de fácil oferta sendo é encontrado em todos os lugares no planeta. Utilizando esse recurso natural com planejamento, sabedoria e sem ganância certamente é uma das formas mais autossustentáveis de alimentação sobre o nosso planeta.