Meio Ambiente+Defesa Civil - Saiba Porque um depende do outro.

     

       Meio Ambiente + Defesa Civil – Saiba Por que Um Depende do Outro.
Amigos leitores, esta coluna escrevo no intervalo das atividades que estão acontecendo durante a 2ª Conferência Nacional de Proteção e Defesa Civil (CNPDC) da qual estou participando como Delegado, em Brasília-D.F.
Barra Velha novamente se faz representar em âmbito nacional na capital da República, e dessa vez este colunista conta com a companhia e trabalho de mais dois barravelhenses, também Delegados eleitos por Santa Catarina, a bióloga Liziane Tamara Téo e o também parceiro da ONG Viagem Família, Sergio Luiz Kassner. Estamos participando da elaboração de propostas de ações no nosso estado já a partir das Conferências Intermunicipais (Itajaí), Conferências Regionais(Joinville) e Estadual (Lages)da Defesa Civil, desde o mês de fevereiro. Estamos os três engajados na discussão e elaboração de propostas nessa Conferência Nacional na cidade de Brasília sobre as futuras ações da Defesa Civil no nosso país. Essas propostas ao final da Conferência serão encaminhadas ao Ministério da Integração Nacional e mais tarde como Leis Complementares (LC) ou Projeto de Lei (PL), devidamente encaminhadas ao Congresso Nacional.
A pergunta tema é: O que o Meio Ambiente tem a ver com a Defesa Civil? TUDO!!!  A Defesa Civil da qual fazemos parte e somos Delegados, atua exclusivamente na proteção de todo o ambiente que nos rodeia, seja de forma preventiva ou em resposta a desastres naturais ou provocados pelo ser humano. Dessa forma a abrangência da Defesa Civil se entrelaça com a proteção do Meio Ambiente. Áreas bem preservadas e com sua geografia, topografia, vegetação e recursos naturais preservados dificilmente serão afetados por eventos e desastres naturais que envolvam vítimas ou perda de bens e recursos.  Respeitar encostas de morros com vegetação, áreas ripárias (matas ciliares), restinga com sua vegetação característica, beira de rios, entornos de lagos e ao longo da linha do oceano é demonstração de sabedoria e preservação da vida e recursos naturais.
Todos esses ecossistemas são extremamente frágeis e até hoje nunca foram cuidados de forma adequada. Basta ver que desastres ambientais ocorrem em sua grande maioria nesses sistemas. A interferência humana sem critérios ao longo dos séculos está a produzir cada vez mais eventos que conhecemos como desastres. É uma ilusão acharmos que esses eventos estão acontecendo apenas agora nos últimos anos. Eles sempre aconteceram, mas nunca foram tão notados como agora apenas pelo motivo do aumento drástico de população, que sem tomar os devidos cuidados vai modificando seu Meio Ambiente de forma destrutiva e irreversível. A natureza não se vinga, isso é uma lenda popular, visto que a natureza sempre existiu para o ser humano e mesmo bem antes dele existir sobre a face da terra. A natureza e o Meio Ambiente são soberanos e nós humanos precisamos urgentemente aprender a viver em harmonia neste ambiente senão em pouco tempo a natureza irá tomar de volta tudo o que lhe estamos roubando, que é a sua própria essência. Nunca na sua insignificância o ser humano pode ter a ilusão de controlar a natureza e seus eventos.
A Defesa Civil é um dos órgãos criados pelo homem como instrumento de prevenção e recuperação de ambientes afetados por eventos desastrosos. Isso começou a tomar forma no ano 1940 na Inglaterra durante a 2ª Guerra Mundial e no Brasil está atuando a aproximadamente 50 anos. Até a poucos anos, o foco principal da Defesa Civil era de atendimento pós-eventos. Hoje com mais sabedoria e tecnologia, as prioridades são a prevenção e educação dos povos para se resguardarem evitando ser atingidos por qualquer evento, seja natural ou produzido pelo ser humano. Respeitar o Meio Ambiente e sua abrangência é o mais importante passo de prevenção aos possíveis desastres que possam acontecer. A ocupação humana desordenada em beiras de rios e mares, bem como em encostas de morros e montanhas, está a produzir cada vez mais vítimas. Que fique bem claro que quem interfere num local, fatalmente sofrerá as consequências, sejam elas boas ou desastrosas.

Hoje já se sabe que se respeitarmos os ciclos da natureza, bem menos afetadas as populações serão, tanto nas áreas urbanas quanto nas áreas rurais. Mas afinal qual é a diferença entre essas duas? Quais os critérios adotados para definir essas áreas já que elas estão sujeitas aos mesmos fenômenos e sofrem da mesma forma a interferência humana? Até a pouco tempo havia apenas “áreas rurais” e hoje as construções e projetos erguidos pelo homem interferem de forma significativa nas áreas rurais, transformando-as em áreas “urbanizadas”. A proteção à natureza é a chave da sobrevivência da espécie humana. A qualidade de vida deve ser medida pela qualidade da natureza e do Meio Ambiente que nos rodeia. Quando mais desrespeitamos o ciclo natural e ambiental mais precisaremos nos preocupar com ações de uma Defesa Civil bem apoiada e estruturada. Da nossa educação e responsabilidade depende a nossa permanência nesse planeta. Cuide do que é de todos!

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