segunda-feira, 18 de abril de 2016

Nem Dilma, Nem Temer, Nem Cunha, Nem...

     
        Afinal o que acontece de verdade com o Brasil?
        O nosso país permanece como uma incógnita quando se trata de saber o que de verdade acontece por aqui. Basta sair às ruas perguntando ao povo se ele sabe de verdade o motivo da radicalização político partidária que se acirra cada vez mais.
        A política nem mais sabe que rumo tomar porque a tão falada esquerda representada pelo partido dos Trabalhadores é dona do poder atualmente. Então como explicar que a esquerda representada pelo Partido da Social Democracia Brasileira também é dona da voz mais contundente na crítica e ataque ao poder instituído. Temos uma encruzilhada onde a esquerda é contra a esquerda, até porque historicamente o PT e o PSDB são originários do mesmo MDB (Movimento Democrático Brasileiro) que atualmente responde pela sigla PMDB.
     
        Para começar a desatar esse nó Górdio, precisamos apenas enxergar o que foi o estopim que deflagrou rixas, manifestações e conflitos generalizados que hoje se estendem até dentro das famílias.
        Basta de demagogia, basta de hipocrisia. Nenhum partido auto-intitulado de esquerda consegue se livrar das amarras capitalistas. O mundo é capitalista e pronto, quer gostemos ou não. Não conheço nenhum político ou partido que não receba verbas, doações ou ajudas financeiras para dar continuidade a seus projetos políticos. Também não conheço nenhum cidadão politizado que não tenha uma conta bancária e não se beneficie das legislações pertinentes para proteger seu capital no mercado financeiro. Segundo a FECOMÉRCIO (Federação do Comércio) existiam até o ano de 2014, 86,3 milhões de pessoas com contas bancárias nos mais diversos estabelecimentos pelo Brasil.
     
         Afinal então qual é o problema principal do nosso país?  Duas palavras resumem tudo: Falta Planejamento! Não é possível nenhum país do mundo sobreviver com taxas de juros escorchantes como as praticadas por aqui. Taxas de dois dígitos, que hoje estão na casa de 14,50% são impagáveis para qualquer economia.
         Mas o que é que nós temos com isso? Respondo: O governo historicamente norteado pela sua falta de planejamento impõe a todos índices de juros altíssimos apenas porque não consegue mais captar dinheiro no mercado para satisfazer sua ânsia da gastança. Os valores são elevadíssimos porque instituições bancárias não acreditam que o Poder Público consiga honrar seus compromissos então dessa forma a saída é o Banco Central (BC) oferecer retorno estratosférico para motivar a todos emprestarem dinheiro a um governo incapaz de implementar uma política monetária que tire o país de recessão.

           Nosso problema não é político, é institucional. A política surfa na onda das benesses financeiras quando a economia vai bem. De forma contrária, as crises são expostas quando a economia vai mal impulsionada pela iniciativa privada que na síntese é o verdadeiro motor econômico de um país. Governos não geram renda nem riquezas. Governos devem balizar normas para que os empresários e investidores seguissem regras claras e firmes de forma a junto com seus ganhos, alavancassem os tão necessários projetos de políticas públicas para qualquer nação organizada.
            Motivados pela mídia e por paixões desenfreadas por políticas ideológicas deixamo-nos polarizar por estes ou aqueles, esquecendo-nos de que Dilma, Temer, Cunha ou seja mais que esteja a frente não fazem parte da solução do problema. Eles são o problema! Cargos públicos não geram receita nem divisas mas apenas gastos e direcionamentos políticos paternalistas e segmentalistas. Basta ver que quem motiva e financia a política brasileira são empresários e grandes capitais interessados nos seus próprios negócios.
            Na esteira dos chamados políticos de primeira linha como Presidente, Senadores, Deputados, Governadores, etc seguem milhares de cargos de segundo, terceiro, quarto, ... escalão que são também o segundo e terceiro, quarto,... parte do problema!  Tudo muito bem azeitado com o dinheiro advindo dos impostos que jorram sem fim lubrificando as engrenagens que movimentam o pior mal que todos conhecemos muito bem, A CORRUPÇÃO!!  Quanto mais engrenagem a movimentar, mais corrupções tendem a eclodir numa espiral perversa que só prejudica a quem na verdade deveria ser beneficiado com serviços públicos  e políticas públicas de qualidade!

           Então qual é afinal a solução? Diminuir o tamanho do estado. Diminuir a quantidade de engrenagens que são vazamentos de verbas. Diminuir um funcionalismo paternalista ideológico que se mantém abrigado sob o manto covarde da tal governabilidade apenas para se locupletar com o que deveria ser público. Não me refiro a apenas este atual governo, mas sim a todos os governos. Não é possível um país sobreviver com mais de 2 milhões de funcionários públicos federais, além dos estaduais e municipais. O número de servidores federais aumentou 28 % nos últimos 10 anos enquanto que a população cresceu menos de 10 % no mesmo período. O Brasil hoje conta com 39 Ministérios e com isso ocupa o 1º lugar no mundo em número de ministérios. Não é de admirar que o brasileiro comum precise trabalhar quase 5 meses apenas para matar a fome de impostos que o governo nos obriga a pagar para sustentar uma máquina ineficiente e muitas vezes corrompida.

           Solução final? Sim!!! Mais é menos!! Menos impostos = mais arrecadação, propiciada pela redução da sonegação. Todos aceitam pagar impostos justos que voltem na forma de serviços de qualidade garantidos pela Constituição.
           Menos funcionários? Sim!! Gente mais preparada, técnica, sem acobertamentos apadrinhados que servem apenas para entupir uma máquina administrativa ineficiente e cara.
           Austeridade é a palavra chave. Basta seguir a velha receita da economia doméstica: Nunca se gasta o que não se ganha! E deixe para depois as escolhas emocionais como Dilma, Temer, Cunha, pois eles não irão te ajudar, ao contrário, apenas atrapalhar!!!


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